quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mãe em 140 caracteres

Via Twitter:

Momento ternura: ela deitada, e eu sorrindo em maternês sustenido escancarado.

Ela me olha fundo e vem com o dedinho: "sua ruga, mamãe". É.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A bertalha é pop, pero no mucho

Como surgiram muitas dúvidas, resolvi pesquisar a respeito da bertalha – que, a essa altura, já considero praticamente uma verdura cult! Realmente, parece que é mais encontrada no Rio de Janeiro. Mas não é um privilégio exclusivo dos cariocas; segundo fontes culinárias mais confiáveis do que eu:

“Originária do sudeste da Ásia, a bertalha é hoje cultivada na Índia, Malásia e Filipinas, mas também é vista em toda a África tropical, Caribe e América do Sul”.

Leia mais sobre a bertalha, com direito a foto e tudo, no ótimo blog Come-se.

PS: Descobri que a bertalha é ótima fonte de vitamina A. Por isso, deve ser consumida com moderação nos primeiros meses de gravidez, já que o caroteno não é facilmente decomposto pelo organismo da gestante, e seu excesso pode causar danos ao feto. Por outro lado, a verdura é ótima para combater as hemorragias do pós-parto.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Alimentação infantil: o sucesso da bertalha

A bertalha entrou aqui em casa tímida e nada confiante, mas acabou virando a estrela da estação. Vejam que bacana. Como vocês já devem saber, eu sou uma fera na cozinha: destruo, em questão de segundos, tudo que me proponho a fazer...

Brincadeirinha. Não é meu forte equilibrar sabores, assumo. Não sei ler as partituras culinárias e, quando invento de tirar de ouvido, sai um chiado meio duvidoso que a crítica – a começar pela autocrítica, garanto - não entende. Sendo assim, deixo a tarefa para quem está podendo: já que me casei com um homem que arrasa na cozinha, finjo que estou chorando por causa da cebola e me enfio no quarto para tocar meu triângulo em compasso quadrado. É o melhor que faço.

Mas, a bertalha.

Você sabe, a bertalha é aquela folha verde que nasceu para nos confundir a vida no hortifruti, já que lembra muito o espinafre. Para dizer a verdade, a maior diferença entre as duas é justamente o Popeye.

Isto posto, vamos aos fatos. Ninguém aqui achou que uma criança de dois anos fosse comer bertalha às colheradas e ainda repetir três vezes. Pois é o que acontece com a nossa filha. E o segredo é simples: bertalha com ovo.


Bertalha com ovo – a receita

Vou explicar do meu jeito, e por favor não prestem atenção aos termos técnicos. Seja o que Deus quiser. Você lava as folhas. Da bertalha. E tira os talinhos. Faz um refogado (com as folhas, não com os talos!).

Observação: não me façam explicar o que é um refogado, isso faz parte do módulo “Deixando de ser adolescente – a libertação definitiva do Miojo”.

Viu que a bertalha murchou, certo? Estamos no caminho.

Em outra panela, vamos fazendo o molho: uma colher de sopa de requeijão (mais ou menos, para um molho de bertalha), e vá acrescentando um pouquinho de leite até que a consistência esteja a seu gosto. Adoro essa coisa de “seu gosto”, porque me tira a responsabilidade de um possível desastre. Fogo baixo, tá?

Agora, o segredinho: queijo parmesão ralado. Vai dar um gosto especial, e nem precisa acrescentar sal nessa mistura, que já ficará salgadinha o bastante. Ou não, você é que sabe...

Uma vez que o molho esteja a contento, dá-lhe bertalha em cima dele. É misturar tudo e sentir o clima.

Agora, ponha tudo dentro de um refratário (é assim que chama?) e quebre ali dentro uns 3 ou 4 ovos. Leve ao forno alto até que os ovos estejam no ponto que você gosta, e prontinho!

Aqui em casa é sucesso garantido de público e crítica. Ao som do triângulo, então, nem se fala.