quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Alarmista

Pela calçada empurrando o carrinho. Um senhor passa e se estica todo para olhar para ela. Quando penso que vou ouvir um elogio (tão comum, hoho), ele espeta:

- Ela tá com um negócio na boca.

Fui olhar, era uma pontinha do cinto de segurança do carrinho. Inofensiva, claro. Mas o jeito do homem falar, parecia que ela ia engolir uma moeda a qualquer momento. Áspero, do tipo: cuida direito dessa pobre criança! Me acusando.

Tadinho, vai ver não cuidaram direito dele e ficou assim.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Casa de bebê



Essa foto é de uma vitrine em Buenos Aires. Eu estava grávida de 5 meses - há quase um ano -, e ainda não sabíamos o sexo do bebê. Tínhamos feito um utrasom antes de sair daqui (queríamos saber se era menina ou menino para fazer as primeiras comprinhas de roupas), mas ela se negou a colaborar. Apareceu sentadinha e com as mãos na frente do “X” da questão. Ou seria o Y?

A loja ficava ao lado do hotel. Todo dia passávamos ali e ficávamos namorando os carneirinhos. No último dia, entramos e compramos aquele pequenininho que está deitado “de bruços” com um travesseiro nas patas.

Tiramos a foto naquela onda de mostrar quando ela crescer: "olha o seu carneirinho na vitrine da loja, nesse dia você estava na barriga da mamãe"... E encarar mil perguntas, claro.

É tão bom lembrar isso. Parece que foi ontem.

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A decoração mudou um bocado desde que ela nasceu. Um bebê redecora a casa toda, não só o quartinho. Aqui se vê, de relance: o sofá, a mesinha de centro, um leãozinho colorido, o piano, os livros, o palhacinho de pano e o ursinho grudado na sua bola sonora de João-Bobo. Ah, e um tapete emborrachado de quebra-cabeças com o alfabeto e figurinhas mil.

Antes, não tínhamos os animais e todas essas cores. Vivíamos pensando em chamar um decorador para dar um jeitinho. Mas fizemos coisa bem melhor.

Era uma casa muito engraçada.



PS: O carneirinho está no berço (que é para ela dormir contando carneirinho, claro).

sábado, 15 de setembro de 2007

Zero dieta

Estou de volta. Primeira novidade: FINALMENTE o pediatra me liberou da dieta rígida da amamentação. Ela já está com 7 meses e, segundo ele, agora eu posso comer de tudo. Vocês não sabem o alívio que estou sentindo. Saí do consultório, literalmente, aos pulos. Quero comer o mundo. Ele avisou: não vá enfiar o pé na jaca! Tudo bem, na jaca eu não enfio. Mas no brownie com sorvete, no chocolate amargo, no cappuccino, nas trufas, no sushi, no camarão, nos queijinhos, empadinhas, pastéis, pizza, lasanha...

Urgente: comprar uma esteira e um pula-pula. Vou empilhar um em cima do outro e pula-pular correndo, cantando e dançando com um pompom em cada mão.

- Mãe, o que você está fazendo? – Ela vai me questionar, com a sobrancelha arqueada.

- Sshhh... A mamãe está estudando, filha.

- Estudando o quê?

- Estudando uma maneira de incrementar esse exercício com um bambolê e uma peteca. Você me empresta esse chocalho?

Pobrezinha.