quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Papinha de bebê

E por falar em primeira papinha de bebê, aqui vai um videozinho ótimo de uma menina provando os primeiros sabores.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Menino ou menina?

Saí empurrando o carrinho de manhã cedo; fomos fazer nosso jogging juntas. De vez em quando ela olhava para trás e me abria um sorrisão (Deus achou que a minha vida precisava de mais cores e botou essa menina dentro da minha barriga, só pode).

Pois uma mulher nos parou em plena pista de caminhada.

- Nossa Senhora, benzadeus, que coisa mais linda!

Claro que adoramos elogios. Agradecemos, envaidecidas. Mas acontece que ela não tinha a menor pressa e continuou a prosa.

- Olha que simpatia. Coisinha fofa, tá rindo para a titia? A titia adora criança.

- He he...

Eu não sei o que dizer nessas horas, então faço “he he” e fico com a maior cara de três pontinhos. Paradas na pista de caminhada. Bicicletas indo e vindo. O sol esquentando. O que é que a gente deve falar? Convido para um café? O pior da minha timidez é quando ela esbarra na autocensura, me sinto uma pessoa horrível. Nessas horas nenhum pombo faz cocô na gente, que aí era fácil, uma fatalidade...

- Uma criança ilumina a vida da gente.

Verdade. Três pontinhos.

- Qual é a idade?

Seis meses. Três pontinhos. (Meu reino por um pombo).

- Já come papinha?

Sim. Três pontinhos. (Os pombos entraram em extinção de repente?).

- Olha como é forte esse garotão!

Garotão?? Minha filha vestia um body cor-de-rosa e, não bastasse, usa brincos. Perdi a timidez na hora.

- É uma menina. (Ponto final).

- Ah! Desculpe! É que não dá para perceber, tão novinha, né?

- Pois é. (Como assim? Como assim? Como assim?).

- Ainda mais com essa roupinha vermelha.

- Pois é. (Onde foi que você comprou esses óculos de sol, hein? É rosa! Rosa!). Mas também tem o brinquinho, ó...

- Hein? Onde? Ah, ali, bem escondidinho.

Certo, da próxima vez compro duas argolas e penduro uma em cada narina. Dessa mulher maluca.

sábado, 25 de agosto de 2007

Como agradar um bebê

Peguei o violão e cantei Ciranda Cirandinha para ela. Me olhava, atenta. Cantei de novo. Olhava. Cantei e sorri. Ela não movia um músculo.

Cantei A Canoa Virou, a mesma coisa.

Cantei Ai Bota Aqui (o teu pezinho), idem.

Cantei Atirei o Pau no Gato e fiz MIAAAAUUU escandalosamente com uma careta totalmente apelativa. Ela riu que se dobrou.

Claramente não estava nem um pouco interessada nas minhas qualidades artísticas. Pegou foi amizade pelo bichano, mas antes assim.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Papinha (parte II)

A segunda papinha já foi mais bem aceita e a terceira, hoje, foi mais da metade. Fico olhando para ela e abrindo minha boca, sorrindo, falando agudo e fazendo “hummmm” mil vezes. Depois me dou conta do ridículo, mas nem assim paro.

Se eu fosse completamente sincera, olharia bem séria para ela e diria:

- Vale a pena encarar essa papa agora, minha filha, para depois não ter problemas com pato assado, risoto de funghi, terrine de bacalhau, salmon skin, foie gras, rocambole de laranja, toucinho do céu, pudim de claras...

Mentira também. Mais honesto seria:

- Vale a pena encarar essa papa agora, minha filha, para depois ter problemas com pato assado, risoto de funghi, terrine de bacalhau, salmon skin, foie gras, rocambole de laranja, toucinho do céu, pudim de claras...

Mas as mães não são sinceras. As mães são felizes.

domingo, 19 de agosto de 2007

Primeira papinha

Fomos ao pediatra, consulta de seis meses. Toda saudável e linda. Engordou 550 gr e cresceu 2,5 cm no último mês. Só com leitinho holandês da mamãe aqui. E foi a última vez que eu disse isso; acabou minha exclusividade. A partir de agora, vai entrar na papinha. Ontem, primeiro dia, rejeitou solenemente. Fechou a boca, fez que ia vomitar, engasgou, cuspiu tudo fora. Chorou.

Olha, eu não sou de frescura, mas fiquei com o coração na mão. Impressionante como isso me toca, as insatisfações da minha filha. Repito, não sou de frescura. Pobrezinha morria de fome e não se entendia com aquela papa de jeito nenhum! Primeiro dia é assim mesmo, todo mundo diz, tem que ter paciência, blá blá blá, vai acostumando, etc. Li num livro que pode demorar meses.

Tudo bem, eu agüento. Mas vou engasgando mais do que ela.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Cesariana

- Mais 4 minutos e ela vai nascer.
- Jura?
- Três e meio...

Achei mesmo que o médico estivesse brincando. Tenho uma mania de achar que os outros estão brincando nos momentos mais sérios da minha vida – a verdade é que estou tão nervosa que não consigo encarar os fatos, então fico para mim mesma: “he he he”. Para descontrair, sabe como é.

E, sabe como é, não adianta nada.

- Três e meio...
- O senhor tá de sacanagem!

Durante a cesariana, fiquei tão tensa que desandei a falar como um narrador de futebol. Não sou de dar chilique, então as pessoas acham que sou muito calma. A verdade é que disfarço muito bem, mas Deus sabe como isso me custa. Se alguém me pedir para ser espontânea nas horas tensas, prefiro a morte. Extravasar não é comigo, faltei a essa aula e não aprendi como se faz, mas, se a coisa aperta mesmo, engato uma quinta e parece que engoli uma missa em latim.

- Estou com falta de ar. Falta de ar. (Para o meu marido:) Eu estou bem? (Para o anestesista:) Está tudo bem? Eu estou com falta de ar, não sei se já disse. Gozado, parece que tem alguém mexendo em mim. (Estavam abrindo a minha barriga e tirando uma criança de dentro dela.) Estou sentindo um tranco esquisito. Me deu uma tontura. É normal ter sono nessa hora? Já falei sobre a falta de ar? Me falta o ar.

De tanto eu repetir que me faltava o ar, puseram uma máscara de oxigênio. Adorei o barato que aquilo deu, mas até agora tenho dúvidas se não era placebo para eu calar a boca, o que seria bem feito.

Ela nasceu à 1:08 da tarde.

- Quer ver? – Perguntou o pediatra.

Dessa vez eu não fiz “he he”. Encostei pela primeira vez na minha filha e me faltou, além do ar, também o latim.

- Efdjweudhvgq gtdwb fewbqrpoue.

Urgente, uma língua para o indizível.

**

Apagando meia velinha


Hoje ela faz seis meses. Comeu banana amassada. Fez mil caretas, depois abriu o maior bocão como quem diz: é só essa porcaria mesmo que tem? Então me dá mais!

Puxou à mãe.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Melhores e piores - até 6 meses

Fiz uma listinha de “melhores e piores” para bebês até 6 meses de idade. Logicamente, tudo aqui é subjetivo – e o que vale para mim pode não valer para você. Mas também pode servir como um ponto de partida para quem não tem experiência nenhuma, e pode ser uma referência a mais para quem já tem. Adoraria que vocês também deixassem as suas dicas.
***

Fraldas descartáveis

Melhor: Pampers Total Confort (pacote verde).
A Turma da Mônica também é muito boa, mas deu alergia e tive de trocar.

Pior: Johnsons. É muito ruim mesmo. Até a “noturna”, que é menos pior, deixa a desejar.

Algodão

Melhor: Disparado o Johnsons, em bolinhas. Aqui no Rio está sumido do mercado.

Pior: Apolo. É um tijolinho.

Roupinhas

Melhor: os bodys e os macacões são muito mais práticos.

Pior: camisetinhas com gola pequena (dá aflição passar a cabecinha do bebê por elas) e mangas justas. Camisetas, em geral, são um pouco chatas porque vivem subindo e a barriga acaba ficando de fora.

Para fazer dormir

Melhor: preparar o ambiente, reduzir a luz, enrolar o bebê numa manta (pode ser uma toalha de fralda se estiver calor), segurar um pouquinho na posição vertical e depois colocá-lo no berço, ainda acordado. É muito importante que ele aprenda a dormir já no berço.

Pior: ninar o bebê, balançá-lo e ficar andando com ele de um lado para outro. É péssimo acostumá-lo a só dormir com um balancinho, porque ele vai ficar cada vez mais pesado! Além disso, se acordar no meio da noite, não vai saber se acalmar sozinho e adormecer outra vez. Vai sempre precisar de alguém disponível para niná-lo.

Amamentação

Melhor: para as primeira semanas, pomada Lansinoh – recomendada pelos médicos, evita rachaduras nos mamilos e não precisa ser retirada quando o bebê for mamar.Tiro e queda.

Pior: não obter ajuda. O bebê precisa pegar o seio corretamente, e isso pode não ser fácil se você não tem alguém experiente ajudando. Particularmente, acho muito difícil entender o processo a partir da descrição encontrada em livros e revistas. Tem que ser na hora, vendo, corrigindo e tendo muita paciência até obter uma mamada confortável para ambos.

Brinquedos

Melhor: os coloridos que fazem algum barulho quando manipulados.

Pior: toalhas de mesa. Você se distrai e eles puxam mesmo!

Troca de fraldas

Melhor: nunca tinha ouvido falar nisso, mas começamos a fazer e deu certo (aprovado pelo pediatra): logo que tiro a fralda, encosto levemente uma folha de papel-toalha no bumbum dela para absorver o “excesso”. Depois, fica mais fácil limpar com algodão e água morna. A melhor marca é Snob – mais grossa e resistente.

Pior: geralmente a criança é trocada em seguida depois de mamar. Quando levantamos as perninhas dela para limpar o bumbum, a pressão no estômago pode causar vômito. É legal fazê-la arrotar após a mamada, e dar um tempo entre uma atividade e outra.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Curso de bebê

* Flashback - texto de quando eu estava grávida.


Fomos ao tal curso para casais grávidos (é assim mesmo que chamam). Fiquem calmos, ainda não afoguei a boneca na banheira porque o capítulo do banho é só no próximo sábado. Ando ansiosa.

No geral, foi ótimo. Aprendi coisas fantásticas sobre parto, amamentação e cuidados com o bebê. Mil exemplos, mas aqui vai um ponto alto: se o bebê chorar – e vai chorar -, não se deve começar oferecendo o peito (que se chama “mama” nos ambientes respeitáveis, fui aprender agora, antes tarde do que nunca).

Se o pequeno chorão der com a mama diante da sua boca, irá sugá-la por puro instinto. Mesmo sem estar com fome. A confusão estará instalada: desregula-se o ritmo da mamada e, depois, para arrumar tudo de novo, vai ser um parto (ops!).

Então eles sugerem uma seqüência de checagem do choro. Cocô? Xixi? Calor? Frio? Cólica? Dor de ouvido? Etc. Já me esqueci da ordem correta, mas trouxe a apostila em CD ROM e vou estudar direitinho em casa. Assim, na hora do nervosismo-pega-pra-capar, estarei totalmente apta a esquecer tudo de novo e gritar bem alto, chamando pelo pai dela – que virá correndo me atender e começará a checar, agora em mim: cocô, xixi, calor, frio... E é capaz de encontrar tudo isso, no desespero a gente nunca sabe.

Se nenhuma das alternativas anteriores e malcheirosas for a correta, o pimpolho faz cara feia é de fome mesmo. Aí, segundo consta, é só com a mãe e sua mama (não me refiro a avó, mas ao peito, com todo o respeito). Parece simples.

Além disso, para verificar incômodos como dor de ouvido ou cólica, a medida não poderia ser mais elementar: aperte o ouvido. Se piorar, era dor de ouvido. Ora, isso eu sei fazer!

Na hora da cólica, o médico/professor veio desafiando os alunos: alguém sabe como se faz para ver se é cólica?

Bom, eu não quis dizer a verdade. Que minha filha e eu já desenvolvemos um fino sistema de placas, cada qual com letras coloridas e desenhos da Minnie, em que ela levantará o cartaz “CÓLICA” se estiver com cólica, assim por diante. Não tive coragem de confessar. E, como o método usado pelo médico - lançar perguntas desafiadoras e ficar esperando hooooras até que um tímido se manifestasse – já estava cansando a nossa beleza, resolvi fazer uma graça.

- Aperta o bebê!... Estica! (E sorri amarelo, estimulando outras risadinhas tímidas dos colegas).

Me dei mal: quis fazer piada, mas acertei sem saber. Era isso mesmo. Pressionando um pouco a barriguinha – se o choro piorar, é cólica – ou espichando as duas perninhas do baby, resolve-se a parada. Isso porque tendência dele é ficar encolhidinho quando sente esse tipo de dor.

Resumindo: se o bebê chorar, é melhor – para ele - que esteja bem sujo de cocô ou urina. Caso contrário, é tarefa da mãe sair judiando da criança (beliscando, apertando, puxando, esticando) até que alguma dessas ações produza o efeito esperado: piorar o choro. Aí, conclui-se o motivo e liga-se para o pediatra:

- Doutor, socorro! Não sei o que deu nessa criança! Está chorando e agora berra cada vez mais alto, parece até que alguém apertou o bichinho...

Hoho.