terça-feira, 28 de junho de 2011

Um bom motivo para voltar



Em tempos de macro correrias e micro blogs, eis que encontro um ótimo motivo para voltar a postar. Lara e seus primeiros desenhos.

Esse aqui nasceu de uma conversa sobre a festa de São João da escola. "Vamos desenhar uma boneca caipira?", provoquei. Ela se entusiasmou e começou a desenhar a boneca. Disse que era para mim. Depois, desenhou uma filhinha para a boneca... e disse que era eu.

- Mamãe, você é essa aqui, pequenininha, e eu sou a grande. Você é a minha bebezinha!

Valeu, São João!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Microconto

Em tempo, aqui vai o meu microconto que venceu o concurso:


"Toda terça ia ao dentista e voltava ensolarada. Contaram ao marido sem a menor anestesia. Foi achada numa quarta, sumariamente anoitecida".


E vocês nem tiveram trabalho para ler, né?
:o)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Das boas coisas pequenas

Caramba!, estou muito feliz: acabo de saber que ganhei o concurso de microcontos promovido pela Academia Brasileira de Letras via Twitter.

Eu sempre gostei de fazer microcoisas. Quando crescer, é só levar um casaquinho.
:o)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Melhor não dizer

Outra da Lara, ontem ao meio-dia. Levanta-se do sofá repentinamente:

- Mamãe... Já que eu já tenho um metro e já fiz três anos, posso preparar a minha comida sozinha, né?

Fico tentada a explicar que não, nem todas as pessoas com (bem) mais de um metro e (beeem) mais de três anos já sabem preparar suas comidas sozinhas. Deve ser bom incentivar as crianças a pedir ajuda, penso.

E posso continuar o discurso por aí: “Às vezes, minha filha, mesmo para coisas simples como preparar a nossa comida, precisamos de alguma orientação.”

E ela perguntaria: “O que é orientação?”.

Aí eu teria que responder que orientação é quando você pergunta:

- Moço, quantas fatias tem essa pizza família?

É, deixa quieto.

domingo, 20 de junho de 2010

A festa da família de papel

Filhota,
um domingo de quase inverno, você estava gripadinha e a mamãe não tinha a menor ideia do que fazer para distrair você.

Aí, acabou o papel higiênico e a mamãe foi trocar o rolo. E então...
O rolo vazio virou Rei!
E ganhou uma coroa, braços, mãos, pernas e uns óculos escuros “maneiros” - como você sugeriu.

Quando eu pensei que o Rei Rolo estava pronto,
você me enrolou mais um pouquinho:

- Mamãe... Já sei! Precisa fazer a filhinha do Rei!

O Rei Rolo então ganhou uma filha, a princesa Linda – como você sugeriu.

E já que ela era filha do Rolo,
ganhou logo de cara um bolo.

E o bolo ganhou uma vela,
e a vela ganhou um sopro,
e o sopro ganhou um pedido,
que naturalmente era segredo.

Mas segredo de papel pode contar!

(Chegando bem pertinho)
Sabe de uma coisa?
Você nem vai lembrar,
mas eu nunca vou esquecer
o nosso dia especial:
o dia da Festa da Família de Papel.

sábado, 19 de junho de 2010

Festas infantis - como sobreviver no resto do ano

Isso não tem a ver com maternidade, mas vejam se não é uma faceta indigesta das “facilidades incríveis” que o mundo virtual nos oferece – inclusive na maternidade.

Como fiz uma festinha de aniversário para minha filha em fevereiro, pesquisei várias empresas de serviços, comidinhas, decoração e outras coisinhas infantis. Porque mandei alguns e-mails pedindo orçamento e informações para as que mais me agradaram, passei a receber as “novidades” dessas empresas. Ah, o bendito cadastro obrigatório...

Durante os preparativos da festa a gente até vai curtindo, pensando nas mil e uma opções de chapeuzinhos e cajuzinhos, que coisa fofa, que coisa meiga. Hum. Aí vem a festa. Hum. Supostamente, depois que o chão do play virar um mar de borracha e papel crepom, e a sua filha estiver com dor de barriga de tanto ingerir fritura e açúcar, você estará “por aqui” de ouvir falar em festas infantis e só vai pensar em língua de sogra no ano que vem, certo?

Doce ilusão, darling. A festa não pode parar, e o marketing digital é implacável: mesmo que eu não queria saber, eles fazem questão de me avisar – e seguem me avisando, sistematicamente – quantos animadores novos foram contratados essa semana, e quantos “combos” maravilhosos são oferecidos a um precinho camarada, e...

Peraí, mas eu nem contratei animação!

Não importa. Já sou “amiga” no Orkut de uma empresa que me prestou um serviço, e eu caí na bobagem de postar um comentário no site deles elogiando a equipe (que, realmente, foi impecável). Bom, quem mandou eu elogiar? Agora, terei que conviver com constantes “atualizações” de fotos de pula-pula, trenzinho disso e daquilo, piscina de bolinha... para não falar nas festas juninas e na Copa, é claro.

Tudo isso é absolutamente irritante, mas até compreensível. Se eu sou o público-alvo deles, vão atirar em quem? Ni mim!

Mas a maior vocês não sabem: comecei a receber também convites para participar de cursos e treinamentos em animação.

Já imaginou, eu de Rei Leão?
Canto, danço, sapateio e mordo!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Desavenças musicais na escola

Mais um dia, mais uma novidade: ela chega da escola, com a mesma cara de sempre, e eu encontro um bilhete da professora contendo a seguinte informação: “uma amiguinha bateu com um chocalho na cabeça dela. Colocamos gelo. Favor observar”.

Ai, a maternidade é como o circo: várias piruetas por dia, mas nenhuma rede de proteção. Uma amiguinha e um chocalho. Hum, vejamos a principal lição que podemos tirar do “episódio”:


Que a iniciação musical é uma coisa potencialmente perigosa
(isso eu já sabia desde que me aventurei com uma banda de rock por esse mundão velho sem porteiras, but... nunca é tarde para reforçar o conceito).

Veja no que deu este indivíduo - o baterista -, por exemplo, que certamente foi estimulado na sua mais tenra infância a praticar a animada arte dos tambores e a curtir a vida adoidado como se não houvesse amanhã.

O resultado é este constrangimento universal de quase 34 mil visualizações:



Hihi, está bem, eu estou exagerando um pouquinho.
Mas qual mãe não exagera, pô?